sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Lição 5 - O exemplo apostólico (1Ts 2:1-12)


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Sábado a Tarde                                                Ano Bíblico: Is 20–23

  Verso para memorizar: “Visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar Ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração” (1Ts 2:4).

  Leituras da semana: 1Ts 2:1-12; At 16; Dt 10:16; Sl 51:1-10; 2Co 8:1-5; Lc 11:11-13

   Pensamento-chave: Ao revelar qual deve ser o verdadeiro motivo do ministério, Paulo pode nos ajudar a examinar nosso coração e nossa vida à luz do evangelho.


COMENTÁRIO

Por Pedro Magalhães Alves Júnior,

Dedicado a Mingas Viégas e a Américo Queirós,

duas pessoas que muito me incentivam e

a quem eu amo de coração.

 

Domingo                                                             Ano Bíblico: Is 24–26

Ousadia no sofrimento (1Ts 2:1, 2)

       Paulo em sua missão evangelística passou por muitos sofrimentos e perigos (2 Co 11. 23-28), e isso o fazia estar ciente das suas fraquezas (2 Co 11. 30) e se alegrar no resultado benéfico que elas lhe traziam (Rm 5. 2-5; 2Co 12. 5-10). Paulo sabia que seus sofrimentos em prol do evangelho serviam para o benefício da mensagem de Cristo,  (2Co 4. 7-12; veja Fp 1. 12-21) e ao mesmo tempo, aproximava-o de seu Senhor (2 Co 4. 13-18; veja Rm 8. 31-39; 2 Tm 4. 6-18). Esta proximidade e comunhão com o Senhor Jesus Cristo através do sofrimento pela sua obra (2 Co 1. 7; Cl 1. 24; 1Pe 4. 13) foi o que fez Paulo continuar a pregar apesar de toda a perseguição que sofria (2 Tm 2. 9).

     Logo após a perseguição em Filipos, Paulo voltou-se para Tessalônica (At 16. 12-40; 17. 1) ele afirma que essa perseguição e os sofrimentos consequentes dela não o demoveram do objetivo maior de alcançar vidas para o Senhor. Ele declara isso de modo enfático em 1Ts 2. 2; “Apesar de termos sido maltratados e insultados em Filipos, como vocês sabem, com a ajuda de nosso Deus tivemos coragem de anunciar-lhes o evangelho de Deus, em meio a muita luta” (NVI). Neste versículo, a palavra traduzida como “coragem” e em outras versões “tornamo-nos ousados” (ARC - Almeida, Revista e Corrigida), ou “tivemos ousada confiança” (ARA – Almeida, Revista e Atualizada) no grego do Novo Testamento é επαρρησιασαμεθα (eparresiasametha), que por sua vez deriva de um verbo παρρησιαζομαι (parresiazomai), que significa “tornar-se confiante, ter ousadia, mostrar segurança, assumir um comportamento corajoso”. Esse verbo dá sua raiz ao substantivo παρρησια tem o significado de “confiança aberta e destemida, coragem entusiástica, audácia, segurança no falar”. Esta ousadia e coragem de Paulo era maior que os maus tratos físicos (“apesar de termos sido maltratados”) e maus tratos mentais (“e insultados”) sofridos em Filipos, Paulo continuava pregando alegremente o evangelho, apesar de estar “em meio a muita luta”. A palavra “luta”, usada no original grego por Paulo, denota as competições esportivas onde o prêmio era dado aquele que vencia uma luta corporal contra seu adversário, como o boxe, por exemplo, ou também podia referir-se ao lugar onde essa luta acontecia.


PERGUNTA BÍBLICA: (1) Leia 1 Tessalonicenses 2:1, 2, à luz de Atos 16. Que conexão Paulo fez entre seu ministério anterior em Filipos e seu ministério em Tessalônica?

      Aplicação: Qual o segredo de Paulo em continuar servindo a Deus apesar das perseguições e sofrimentos? O próprio versículo 2 de 1 Ts 2 nos mostra que foi, segundo Paulo “com a ajuda de nosso Deus”. Deus está em meio ao teu sofrimento! Não tenha medo de continuar  servindo-O apesar das intempéries da vida. É Ele que te dá poder e ousadia pra vender os obstáculos (Sl 18. 29; 23. 4)!

       Existem muitos líderes, pastores e anciãos que começam a sentirem um fardo pesado ao cuidarem do rebanho do Senhor, mas Aquele que é o dono da ceara, o Dono da obra fala aos seus corações da mesma forma que falou ao seu servo Zorobabel, quando este estava se fatigando e achando a obra que tinha pela frente um trabalho muito pesado, já pensando em desanimar:

“Portanto, não há obstáculo, por maior que seja, que possa parar Zorobabel! Todos os obstáculos cairão diante dele e Zorobabel terminará de construir este templo em meio aos gritos de alegria e gratidão pela misericórdia de Deus. O povo vai gritar: "Só pela graça de Deus é que fizemos tudo isso! "

(Zacarias 4. 7, Bíblia Viva)


Segunda                                                             Ano Bíblico: Is 27–29

O caráter dos apóstolos (1Ts 2:3)

       O sofrimento experimentado por Paulo também não mudou seu caráter. Ele afirma no versículo 3 que “nossa exortação não tem origem no erro nem em motivos impuros, nem temos intenção de enganá-los” (NVI). Por “exortação”, no grego, tem a mesma raiz da palavra que designa uma das funções do Espírito Santo de Deus, o nosso paracleto (palavra grega que significa “consolador”). A pregação de Paulo dava esperança aos seus ouvintes, servindo-lhes de ânimo e consolação aos pecadores arrependidos, ao mesmo tempo que fazia com que os pecadores obstinados entendessem o destino horrível experimentado por aqueles que rejeitam a Cristo (At 24. 24, 25; 26. 19-29), essa é a função de uma mensagem inspirada por Deus (Jo 16:8).

       A forma com que essa mensagem era entregue influencia muito na  receptividade dos ouvintes. Paulo destaca 3 atitudes que serviam para confirmar sua pregação: Ele afirmou que sua pregação não tinha “origem no erro”, ou seja, a mensagem de Paulo não era fruto de sua imaginação, pelo contrário, esse evangelho pregado por ele  “não é segundo os homens” e foi lhe entregue “pela revelação de  Jesus Cristo” (Gl 1. 11, 12), o contrário de outros pregadores falsos (Veja Cl 2. 8). Era um pregação ortodoxa, ou seja, sem erros doutrinários e de interpretação.

       O apóstolo também afirma que sua mensagem não tinha “motivos impuros”, em contraste com os que pregavam usando de dolo, visando beneficiar-se dos seus ouvintes (1Tm 6. 3-5; 2Pe 2. 1-3, 10-19; Tt 1. 10, 11; Jd 11), ele completa afirmando que também pregava sem “a intenção de enganá-los”, pois Paulo tinha um grande compromisso com a verdade e a defendia. Ele sabia como era a vida e o fim dos enganadores que pregavam mentiras (Jr 23. 25-39; 2Tm 3. 13), e que seus motivos eram originados em satanás, o arqui-enganador (Ez 22. 28; 1Tm 4. 1, 2).


PERGUNTA BÍBLICA: (2)   O que Paulo declarou a respeito dos seus motivos para ensinar e exortar? 1Ts 2:3


       Aplicação: Hoje em dia existem muitos pregadores e ensinadores eloquentes e influentes que pelo seu carisma conquistam os néscios e os que são levados por ventos de doutrinas que passam com o tempo. É necessário termos o maior cuidado com eles e suas doutrinas abusivas (Veja Cl 2. 4, 8; 18, 19; 1Jo 4. 1-3). A Bíblia define o perfil do ministro de Deus como alguém de um caráter ilibado (1Tm 3. 1-10, 12, 13; 2Tm 2. 1, 2, 4; Tt 1. 5-9). É esse tipo de ensinador que deve ser levado a sério (Mt 7. 15-21).

       É certo que quem prega o evangelho em tempo integral, deve tirar dele o seu sustento, que deve vir da igreja por ele liderada e de outras que se unam nesse ínterim (1Co 9. 9, 10; 1Tm 5. 17, 18), mas esse sustento não deve ser de forma extorsiva a ponto de acumular impérios materiais. Foram os irmãos de Filipos que ajudaram financeiramente a Paulo enquanto ele estava em Tessalônica, e eles não eram tão ricos (Fp 4. 10-19); bem como os irmãos da Macedônia (2 Co 8. 1-3). O exemplo de muitos riquíssimos pregadores do evangelho não se coaduna com as instruções de Cristo aos apóstolos que enviara a disseminar sua mensagem nos primórdios da história da igreja (Mt 10. 8-10).

     As vezes pensamos que nosso esforço não está bastando e que por sermos honestos e não enganarmos os outros, explorando-os e tirando todo o seu dinheiro em nome da fé, somos sujeitos a passarmos privações e sempre termos uma vida humilde. No entanto podemos estar esquecendo de uma gloriosa promessa que Cristo nos deu em Marcos 10. 25-30. Deve ter sido essa promessa que estava na mente de Paulo quando ele escreveu aos irmãos de Corinto, e consequentemente, a nós também:

“Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados a obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil.”

(1Co 15. 58, Bíblia Viva)


Terça                                                                  Ano Bíblico: Is 30–33

Agradar a Deus (1Ts 2:4-6)

       O apóstolo Paulo nunca se esquecia de que para ser servo de Deus, tinha que agradá-lO em tudo. Ele se comparava a um soldado em constante treinamento, que não podia permitir que nada o atrapalhasse de cumprir com as ordens do seu general (2Tm 2. 4). ele também se lembrava que “Deus, que prova os nossos corações” estava atento a esquadrinhar suas reais intenções. O progresso espiritual do cristão vem da sua decisão em agradar a Deus em todos os detalhes da sua vida (1Co 10. 31; Fp 1. 20; ) isso lhe dá um maior desenvolvimento espiritual (Cl 1. 10; 1Ts 4. 1), quando nós mesmo permitimos Deus sondar nosso interior (1Cr 28. 9 ;Sl 139. 23; Lm 3. 40; 1Co 11. 28, 31).

     Algumas das atitudes enumeradas por Paulo nos versículos 5 e 6 de 1Ts 2 mostram como ele se portou de maneira que evidenciasse que ele estava com o intuito de agradar a Deus:

     Em primeiro lugar, Paulo não pensou em ludibriar aqueles para quem ele pregava, ele afirma que “nunca usamos de palavras lisonjeiras”, ou seja, Paulo nunca deixou de pregar a verdade para ser mais aceito entre os seus ouvintes que não aceitariam algo que fizesse parte do conteúdo do evangelho e que se tratasse de algum assunto pesado de mais.

      Em segundo lugar, na sua mensagem, o apóstolo também afirma que “nem houve  um pretexto de avareza; Deus é testemunha”. Quando se chama Deus como testemunha, está se evocando o maior de todos os juízes, Aquele que nos vê por dentro e nos conhece melhor que nós mesmos! Paulo conviveu honestamente entre os irmãos da igreja, quando esteve em Tessalônica (2Ts 3. 8).

       Em terceiro lugar, Paulo nunca explorou os irmãos. Ele tinha consciência que essa atitude desagradaria em muito a Deus, ele declara que “não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros, ainda que  podíamos, como apóstolos de Cristo, servos pesados”. Apesar de ser um líder chamado diretamente por Deus e ter revelações inefáveis por parte de Cristo, Paulo não quis ser tratado com mordomias ou bajulações por parte dos irmãos da igreja, mesmo que ele podia ter esse direito. Mas, pelo contrário, ele sempre tinha em mente que ele era um servo de Deus, igual a qualquer outro (Rm 12. 10; 1Co 15. 9; Ef 5. 21; Fp 2. 3).


PERGUNTA BÍBLICA:   (3) Qual era a motivação de Paulo para o ministério? Quais eram as alternativas do mundo? Por que muitos não percebem as diferenças e se enganam quanto à pureza dos próprios motivos? Por que é tão fácil alguém se enganar? 1Ts 2:4-6 

(4)  Que outras coisas podem motivar os mensageiros? 1Ts 2:5, 6


     Aplicação: Mesmo sob ameaça de morte e presos, os apóstolos não deixavam de servir e de pregar a Cristo, pois eles sabiam muito bem que “Mais importa obedecer  a Deus do que aos homens” (Veja At 5. 25-33). Estamos precisando de homens de Deus assim, que a exemplo de Paulo, tenham esse mesmo objetivo:

“Vejam que não estou procurando agradar-lhes com uma conversa mansa e com adulação; não, estou tentando agradar é a Deus. Se eu ainda estivesse tentando agradar aos homens, não poderia ser servo de Cristo”.

(Gl 1.10, Bíblia Viva)


Quarta                                                                Ano Bíblico: Is 34–37

Afeição profunda (1Ts 2:7, 8)

       Paulo como um dos fundadores da igreja em Tessalônica, amava aqueles que considerava seus filhos no evangelho (1Ts 2. 11), por isso ele não desejou ser sustentado opressivamente e explorar a igreja onde estava a pregar o evangelho. Ele trabalhava para Cristo, beneficiando os irmãos de lá, por amor a eles e a Deus. No verso oito, Paulo faz aos irmãos da igreja uma linda declaração de amor espiritual : “Sentindo, assim, tanta afeição por vocês, decidimos dar-lhes não somente o evangelho de Deus, mas também a nossa própria vida, porque vocês se tornaram muito amados por nós.” A palavra grega traduzida no versículo acima como “afeição” é, no grego,  αγαπητοι (agapetoi) que vem de  αγαπη (ágape), que siginifica “amor profundo, sincero, amor divino”. Jesus mesmo como pastor que ama as suas ovelhas, nos deu a sua vida (Jo 10 . 11), não existe maior amor do que dar a vida por alguém (Jo 15. 13). Era esse o mesmo sentimento de Paulo pelos irmãos de todas as igrejas, não só de Tessalônica (At 20. 24-35).


PERGUNTA BÍBLICA: (5)   Em 1 Tessalonicenses 2:4, a principal motivação de Paulo para o ministério era agradar a Deus. Que motivação adicional Paulo apresentou nos versos seguintes? 1Ts 2:6-8 

(6)  Como as igrejas da Macedônia, incluindo a de Tessalônica, responderam à ternura dos apóstolos? O que isso nos ensina sobre a importância do caráter dos que testemunham aos outros? 2Co 8:1-5


       Aplicação: O amor a obra de Deus deve nos impulsionar a seguirmos sempre em frente e a fazer de tudo para que os irmãos sob nossos cuidados possam se desenvolver bem na sua vida cristã (2Co 11. 2). Era esse o sentimento de Paulo quando ele escreveu para o irmão Timóteo:

“Estou muito disposto a sofrer, se isso trouxer salvação e glória eterna em Cristo Jesus para aqueles que Deus escolheu”.

(2Tm 2. 10, Bíblia Viva)


Quinta                                                                Ano Bíblico: Is 38–40

Para não ser um fardo (1Ts 2:9-12)

     Por fim agora, nesta seção do texto, o apóstolo faz um resumo do seu trato e do seu comportamento entre os irmãos de Tessalônica, nos versículos 9 a 12. Paulo agia muito diferente dos pregadores mercenários de hoje. Seu amor não estava no dinheiro ou status quo. Seu amor estavam nas vidas pelas quais cristo morreu. E é isso que também devemos valorizar quando estivermos servindo a Deus, em favor dos outros.


PERGUNTA BÍBLICA: (7) Enquanto Paulo esteve em Tessalônica, que outras coisas ele fez, além de pregar o evangelho, e por quê? (Veja 1Ts 2:9, 10)

(8)   Que analogia Paulo usou para descrever sua maneira de tratar os tessalonicenses? O que essa analogia ensina? (Veja 1Ts 2:11, 12; Lc 11:11-13)


       Aplicação: Que estas palavras entrem no seu coração e te incentivem a nunca pensar em abandonar a igreja do Senhor, por menos que você seja reconhecido pelos seus irmãos. Vejamos o que Paulo mesmo escreveu para a igreja que ele tanto amava e lhe dava tanto trabalho, a qual estava prestes a rejeitar sua autoridade e seguir pregadores e ensinadores que diziam que ele não era um real servo enviado por Deus. Paulo assim escreveu aos coríntios:

Quando eu estava ai, sem dúvida nenhuma, dei-lhes todas as provas de ser verdadeiramente um apóstolo, enviado a vocês pelo próprio Deus: porque, com toda a persistência, fiz muitas maravilhas, sinais e obras poderosas entre vocês. A única coisa que não fiz por vocês, e que faço nas igrejas de todos os outros lugares, foi tornar-me um fardo para vocês: ­ não lhes pedi que me dessem alimento para comer nem lugar onde ficar. Peço-lhes que me perdoem esta injustiça! Agora, irei vê-los novamente, pela terceira vez; e ainda não lhes custará coisa alguma, pois não quero o seu dinheiro. Quero, sim, vocês! E, seja como for, vocês são meus filhos, e as criancinhas não pagam a comida do pai e da mãe - é justamente o contrário; os pais é que proveem a comida para os seus filhos.Sinto-me feliz em dar-me a mim mesmo a vocês e também tudo quanto tenho para o seu bem espiritual, embora pareça que, quanto mais eu os amo, menos vocês me amam.

(2Co 12. 12-15, Bíblia Viva)

CONCLUSÃO

       Desejamos concluir este estudo, agradecendo a Deus e rendendo-lhE graças, também citando para o preclaro leitor a admoestação de Paulo a Timóteo, que estava iniciando no serviço pastoral de uma igreja emergente. que estas palavras consolem, animem, fortaleçam e incentivem o seu coração:

“Portanto, não se envergonhe de dar o seu testemunho a favor do nosso Senhor, nem se envergonhe de mim, que estou na cadeia porque sou servo dele. Pelo contrário, com a força que vem de Deus, esteja pronto para sofrer comigo por amor ao evangelho”.

(2Tm 1.8, Nova Tradução na Linguagem de Hoje)


Sexta                                                                 Ano Bíblico: Is 41–44

Estudo adicional

       Não importa quão alta seja a profissão, aquele cujo coração não está cheio de amor a Deus e aos semelhantes não é verdadeiro discípulo de Cristo. ... Poderá ostentar grande liberalidade; mas se ele, por qualquer outro motivo que não o genuíno amor, entregar todos os seus bens para sustento dos pobres, esse ato não o recomendará ao favor de Deus” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 318, 319).

       “Ao mesmo tempo que Paulo tinha cuidado em apresentar aos seus conversos os positivos ensinos da Escritura com relação à devida manutenção da obra de Deus, ... em várias ocasiões, ... trabalhou num ofício para obter a própria subsistência. ...

      “É em Tessalônica que primeiro ouvimos a respeito de Paulo trabalhar com as próprias mãos num meio de vida, enquanto pregava a Palavra” (1Ts 2:6, 9; 2Ts 3:8, 9). ...

      “Mas Paulo não considerava perdido o tempo assim empregado. ... Dava a seus companheiros de trabalho instruções quanto às coisas espirituais, e dava ao mesmo tempo um exemplo de atividade e de esmero” (Rm 12:11, RC; Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, p. 234-236).

Perguntas para reflexão

1. Na prática, como se pode encontrar alegria ou coragem em meio ao sofrimento? Por que é muito mais fácil falar do que realmente descobrir essa alegria e coragem?

2. Considere alguém cuja vida evidentemente não reflete as alegações de ser cristão. Como essa pessoa influenciou você na caminhada com o Senhor?

3. Quais são as armadilhas de se tornar ligado emocionalmente às pessoas a quem você está partilhando o evangelho? Como podemos estabelecer os limites adequados?

    Resumo: Nessa passagem, Paulo abriu o coração para revelar a verdadeira motivação para o ministério. O motivo principal é agradar a Deus, quer agrademos ou não aqueles a quem ministramos. A motivação do dinheiro, sexo e poder não têm lugar no coração decidido a agradar a Deus. O segundo motivo mais importante para o ministério é o amor sincero pelos perdidos. Esses dois motivos são claramente expressos em 1 Tessalonicenses 2:1-12.

    Respostas sugestivas: 1: Paulo foi perseguido em Filipos e também em Tessalônica, mas o evangelho obteve frutos em ambos os lugares, pelo poder de Deus e ousadia dos apóstolos; eles tinham coragem de pregar em meio ao sofrimento. 2: Paulo não queria agradar a homens, mas a Deus; sua exortação não tinha engano, impureza nem dolo. 3: Agradar o Senhor, que prova o coração; o mundo busca agradar a homens; quando as pessoas não têm consciência do juízo divino, enganam aos outros e a si mesmos, usando linguagem de bajulação. 4: Intuitos gananciosos; a glória dos homens. 5: Carinho e amor pelas pessoas, como se fossem seus filhos; os apóstolos ofereciam aos irmãos o evangelho e a sua própria vida. 6: Em meio às tribulações, manifestaram alegria e generosidade para com outros cristãos necessitados; dedicaram a vida a Deus e aos apóstolos. 7: Trabalhou arduamente para não viver às custas dos irmãos, vivendo de modo justo, piedoso e irrepreensível, para dar o exemplo à igreja e evitar críticas e acusações. 8: A maneira pela qual o pai trata aos filhos; devemos tratar com amor e carinho as pessoas a quem ministramos, para que vivam de acordo com a vontade de Deus.


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